sexta-feira, 23 de agosto de 2013

SÃO LÁZARO - OMOLÚ (Representa - Morte e Vida)


O amigo de Jesus, teve a sorte de ser o protagonista de um dos milagres maiores de Jesus Cristo, já que foi ressuscitado pelo Senhor depois de quatro dias de haver falecido.
O Evangelho conta que Lázaro era irmão de Marta e Maria, residindo a família em Betânia, próximo de Jerusalém.
Doente de mal da pele, corre na região a notícia da morte de Lázaro, amigo de Jesus.
Nessa ocasião, Jesus, acompanhado dos apóstolos pregava ao povo às margens do rio Jordão.
Ao ter notícia da morte do amigo, Jesus desloca-se, com os apóstolos, para Betânia. A viagem demorada fez com que Jesus e os discípulos só lá chegassem quatro dias após Lázaro ser sepultado, estando o corpo em franca decomposição.
Conta São João (Evangelho XI e XII, II) que, ao chegar a Betânia, Jesus, sempre acompanhado dos apóstolos e de enorme massa popular, dirige-se ao túmulo de Lázaro e, diante de todos, inclusive de Marta e Maria, mandou abrir a laje e, em voz forte e segura, ordenou: “Lázaro, levanta-te e caminha”.
Diz a lenda que Lázaro se levantou da catacumba e, ainda envolto nas faixas mortuárias, o rosto coberto com o véu funerário, caminhou.
Lázaro de Betânia, na Judéia, teve a honra de merecer a amizade de Jesus e de desfrutar de sua companhia em sua própria casa. Este santo deve à amizade de Jesus, além da espetacular ressurreição do túmulo, o culto que recebe da Igreja ao longo dos séculos.
A casa de Lázaro era um lugar onde Jesus costumava passar alguns momentos de descanso. Apenas a três milhas de Jerusalém, era uma próspera propriedade agrícola, em Betânia. Lázaro era estimado e respeitado pela comunidade hebraica, pela origem nobre, honestidade e religiosidade da família. Tinha duas irmãs, Marta e Maria, e, ao que parece, os três eram solteiros. Essa amizade, não se sabe quando começou. As narrações feitas pelos evangelistas mostram Jesus sendo confortado pelas atenções dessas irmãs devido à sincera e confiante amizade do dono da casa. Notadamente, Lázaro era um amigo predileto, talvez um de seus primeiros discípulos.
Alguns dias depois, Lázaro e suas irmãs ofereceram um banquete em agradecimento a Jesus pelo milagre realizado.

São LázaroDepois desse evento, as Sagradas Escrituras não citam mais os três irmãos. A ressurreição de Lázaro assumiu valor simbólico e profético como prefiguração da ressurreição de Cristo. A casa de Betânia e o túmulo de Lázaro se tornaram as primeiras metas das peregrinações dos cristãos. Este santo é o único a ter o privilégio de ocupar dois túmulos, porque morreu duas vezes.
Embora uma antiga tradição Oriental diga que Lázaro foi bispo e mártir na ilha de Chipre e outra que ele teria viajado para a França e se tornado o primeiro bispo de Marselha, o certo é que Lázaro encerrou sua vida, santamente, como “amigo de Jesus” e, assim, merecedor de nossa veneração. A Igreja escolheu o dia 17 de dezembro para seu culto.




SÃO ROQUE (OBALUAIÊ - Representa - Doença e Cura/Saúde)


São Roque sofreu uma grande injustiça e só quem teve compaixão dele foi um cachorro… Nem por isso deixou de ser bom, amar e perdoar.





Padroeiro dos inválidos, cirurgiões, protetor do gado, contra doenças contagiosas e a peste.

Significado do nome: eremita, homem grande e forte

Originário de família nobre, distinta e abastada, São Roque nasceu em Montpellier, na França, em 1295.

Seu nascimento teve o significado de um grande dom de Deus e fruto das orações de seus pais. Libéria, sua mãe, mulher virtuosa, era devotada de Nossa Senhora, a quem recorreu, pedindo a graça de ter um filho, apesar de sua idade avançada. Foi atendida em seu anseio e dedicou-se com cuidado à educação de Roque, incutindo-lhe desde cedo a devoção à Nossa Senhora.

Perdeu os pais entre os quinze e vinte anos, herdando um enorme patrimônio. Mas as aspirações de Roque eram por outra herança: queria viver na pobreza, imitando a Cristo.

Assim, inclinado para a piedade, repartiu entre os pobres, em segredo, tudo o que pode colher de suas rendas. Como a idade não lhe permitia dispor nem alienar seus bens de raiz, confiou-os a um tio, partindo sem nada para Roma, mendigando pelo caminho.

Chegando a Toscana, em Aguapendente, viu a grande mortalidade causada pela peste. Levado pelo desejo de ser útil aos empestados, pediu permissão ao administrador do hospital para assistir aos doentes, o que lhe foi permitido.

Logo que Roque se meteu entre os empestados, cessou a epidemia da doença naquela cidade. O mesmo se deu em Cesena e outras localidades; dizia-se que a peste fugia de Roque.

Tomando conhecimento de que a epidemia chegara a Roma, Roque partiu imediatamente. Lá chegando, foi ouvido em confissão pelo cardeal Britânico que então tomou conhecimento dos dons que o Santo possuía. Pediu-lhe para que suplicasse a Deus pelo fim do flagelo que atingia a cidade. Roque fez a oração e sentindo que alcançara a graça, convidou o cardeal a agradece-la juntamente com ele. Mas esse fato se creditou à virtude do Santo.

Permaneceu em Roma por três anos, praticando a caridade na assistência aos enfermos. Ao retornar à França, foi passando por localidades da Itália, onde já havia estado. Ficou por alguns anos nas cidades da Lombardia, tratando os doentes a quem, muitas vezes, curava com o sinal da cruz.

Em Piacenza (Palencia), acabou por contrair a doença. Certa noite despertou com febre e dor aguda na perna esquerda, o que o fazia gritar. A violência do mal não lhe permitia tranqüilidade interior. Para não perturbar com seus gritos os outros doentes do hospital, dirigiu-se para fora da cidade, à entrada de um bosque, onde encontrou uma pequena choça que lhe serviu de abrigo. Esse foi seu refúgio para não perturbar ninguém.

Com a graça de Deus, Roque viu brotar perto da cabana, um manancial de água cristalina. Com ela, sentia mais alívio, ao lavar suas feridas. Se não fosse um cão que todos os dias lhe trazia pão roubado da mesa do dono, teria morrido de fome. O dono do cão, intrigado com a regularidade com que este lhe roubava o pão, seguiu-o certa vez, pela floresta, encontrando Roque, de quem tornou-se amigo, fazendo o possível para ajuda-lo.

Curado da peste, Roque dirigiu-se para à França a fim de liquidar o restante de seus bens. Montepellier estava em guerra civil quando lá chegou. Tido como espião, foi levado à presença do governador que era seu tio. Diante dele, sequer afirmou sua identidade. Ninguém o reconheceu, pois os anos e a vida que levara alteraram-lhe a fisionomia e a aparência. Preso, ficou num calabouço escuro durante cinco anos. Seu alimento era pão e água, passando os dias em oração. Sua consolação estava em Deus e na Virgem Maria.

O carcereiro da prisão admirava-se da extraordinária paciência do Santo e considerava-o diferente dos outros presos.

Sentindo que a própria morte se aproximava, Roque pediu a presença de um sacerdote para se confessar e comungar. Por tudo o que disse, o confessor notou que aquele era um homem extraordinário e comunicou suas impressões ao governador. Este, porém, desconsiderou a apreciação do sacerdote.

Completamente abandonado Roque, falecia pouco depois. Era o dia 16 de agosto de 1327. Ao descer ao calabouço, o carcereiro viu uma luz muito brilhante saindo pelas brechas da cela. Abriu a porta e encontrou Roque morto, estendido no chão.

Difundiu-se pela cidade, rapidamente, a notícia de que havia falecido um Santo na prisão. Muitas pessoas dirigiram-se para lá. Entre os visitantes, estava também sua avó, que reconheceu o corpo de Roque por uma mancha cor de vinho, em forma de cruz, que ele tinha no peito.

Ao ter conhecimento de que o morto era seu sobrinho, o governador ficou inconsolável pela dureza com que o tratara e providenciou suntuosos funerais. O corpo de Roque foi conduzido triunfalmente pelas ruas da cidade, acompanhado de clero, nobreza e povo.

Em seu nome, logo aparecerem diversos e prodigiosos milagres. Durante o Concílio de Constança, em 1414, São Roque foi invocado contra a peste que tomara conta da cidade. A partir dessa data, o culto de São Roque se estendeu por toda a Europa, particularmente à Itália e à Flandres. Este culto foi solenemente confirmado pelo Papa Urbano VIII e por dois decretos da Sagrada Congregação dos Ritos de 16 de julho e 26 de novembro de 1629.


Relíquia
- Venera-se na igreja matriz da cidade de São Roque uma parcela do braço de São Roque. Essa relíquia foi concedida à nossa igreja, em 1953 pelo eminentíssimo cardeal Adeodato Piazza. Acha-se ela encerrada em artístico relicário feito em Milão (Itália). Dignos de nota são os três medalhões (de puro esmalte) que ornam o pé do relicário: o primeiro é o mapa do Brasil - o segundo é o mapa do estado de São Paulo com o município de São Roque representado por um cacho de uvas - o terceiro é o escudo da Ordem dos Carmelitas Descalços, a cujos cuidados estava confiada.


O grão ou seja o  trigo é muito precioso para Deus, pois alimenta a carne que é a casa do espirito.


Jesus

Jesus é o Pão da Vida Descido do Céu



A pessoas  porém, não entende o significado das palavras do Pão da Vida. Só vê nos milagres meras ações deslumbrantes e um meio de satisfação egoísta de seus interesses materiais.
Mas quando o homem se deixa dominar por suas paixões sem regras, os seus desejos pecaminosos predominam sobre o espírito. Daí temos o homem carnal, materialista que está voltado para apenas o que é imediato, visível, palpável que esse plano chamado realidade pode mostrar.
O mestre explicava que o maná do deserto foi um alimento perecível, que sustentou apenas a vida corporal, mas as suas palavras eram o alimento incorruptível, que dá a vida eterna, o que Jesus chama do
Pão da Vida


E Jesus se declara o novo Maná, o verdadeiro Pão da Vida Descido do Céu.



Pipocas de Omulú (Grão)

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.



Sincretismo católicos

OMOLÚ corresponde à São Lazaro 


OBALUAIÊ corresponde São Roque.



Filho de Nanã, irmão de Iroko e Oxumaré, OBALUAIÊ/OMOLÚ tem o corpo e o rosto coberto de palhas da costa para esconder as marcas de varíola. 

Diz a lenda que ele brilha como o Sol e não pode ser olhado de frente, pois queima os olhos de quem o vê.

OBALUAIÊ
- pode também ser chamado de o médico dos pobres.


OMOLÚ
- É o guardião das almas, o calunga dos cemitérios o calunga cuida daqueles que morrem e não aceitam a passagem. 



- Responsável pela passagem de um plano para o outro

- Cuida do cordão umbilical e dos fetos.

- Ele fica nos necrotérios e cemitérios para ajudar os mortos, retirando os vampiros que se alimentam do duplo etérico dos mortos e também ajudando a desligar o fio de prata.

SARAVA UMBANDA
DULCE

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

CRUZ DE SÃO BARTOLOMEU E SÃO CIPRIANO


cruzdesaobartolomeu.jpg
No grande "Hagiológio", relíquia medieval, encontram-se os apontamentos sobre a Vida e Milagres de São Bartolomeu e ali se ensina como fazer a cruz desse santo e também a maneira correta de usá-la.

Arranja-se um pedaço de pau de cedro e dele cortam-se três pequenos pedaços, sendo que um deles deve ser mais comprido do que os outros, para que formem direito os braços de uma cruz. Em seguida cobrem-se os pedaços de cedro com alecrim, arruda, aipo, colocando-se em cada braço, em cima e embaixo da parte mais comprida, uma pequena maçã de cipreste. Durante três dias a cruz deve permanecer mergulhada em água benta, findo os quais a mesma é retirada e, no mesmo dia, ao dar meia-noite, pronuncia-se junto a cruz a seguinte oração:

"Cruz de São Bartolomeu e São Cipriano, a virtude da água em que estiveste, e a madeira de que és formada, que me livre das tentações do espírito do mal e tragam sobre mim a graça de que gozam os bem-aventurados".

A cruz pode ser trazida dentro de um saquinho de seda preta benzida, ou mesmo andar unida ao corpo, presa ao pescoço por um cordão de seda preta. A pessoa que a trouxer deve fazer o mais possível por ocultá-la a toda a gente; e quando desconfiar que alguém lhe lançou "mau olhado", deve na ocasião em que se deitar, beijar três vezes a cruz e dizer a oração acima.

Ao levantar deve também beijar três vezes a cruz e rezar em seguida um Pai-Nosso e uma Ave-Maria. 

SARAVA UMBANDA
DULCE

PODER DA FERRADURA

Muitas pessoas têm o hábito de trazer por trás das portas da sua casa, uma pequena ferradura dependurada. 
Dizem que dão sorte e a maioria dependura "uma ferradura qualquer" sem observar atentamente o tipo de ferradura que é, e julgam que qualquer uma faz o mesmo efeito, sem saber que tem que ser uma pequena ferradura de asno, caso contrário, ela apenas servirá como adorno e não ajudará o seu proprietário em nada.
Mas, para que o leitor se ilustre e fique sabendo o verdadeiro significado da ferradura relataremos uma pequena história.
Quando o bárbaro rei Herodes mandou degolar todos os meninos de até 2 anos, que se encontrassem em Belém e nos seus arredores, pois estava convencido que entre eles se encontrava o menino Jesus.

Mas eis que o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse:

"Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica ali até que eu te avise, porque Herodes anda em busca do menino para mandar matar".

José obedeceu à ordem do anjo, com prontidão, partindo mesmo de noite,com o menino e sua mãe para o Egito.

Mas, como a Virgem estivesse na impossibilidade de empreender ama tão longa e escabrosa viagem, José, seu esposo, foi procurar uma mula e Maria e o Menino montaram nela, encetando assim a jornada.

Em certo lugar, porém a mula, espantando-se derrubou-os. José, aflitíssimo, procurou um jumento e ordenou que Maria Santíssima e
o Menino Jesus montassem no mesmo. Chegaram até o Egito e José abençoou aquele pequeno animal. Eis porque quando encontrarem uma ferradura pequena, deve pegá-la, e guardá-la, pois elas são abençoadas.


Por isso que a ferradura passou a ser uma espécie de talismã da sorte, mas como puderam ver não é uma ferradura qualquer, deve ser uma pequena ferradura que tenha pertencido a um jumento. Para completar darei um pequeno glossário sobre as superstições que giram em torno da ferradura.

1 — Achar uma ferradura pequena é sinal de sorte para o resto da vida.
2 — Encontrando uma ferradura na rua, e que esteja virada para você, deverá, primeiramente, virá-la do lado oposto e depois erguê-la.
3 — Uma ferradura é também remédio para enxaquecas e cólicas; para isso deve colocá-la, em brasa, no leite que for bebido, quando sofrer de algum desses dois males.
4 — Se encontrar uma ferradura pequena deve erguê-la, pois é sinal de sorte para quem a acha: -se tiver cinco furos pregue-a atrás da porta da rua; se tiver seis furos, pregue-a atrás da porta da cozinha; -se tiver sete furos, pregue-a atrás da porta do quarto; -se tiver mais de sete furos, pregue-a atrás da porta do seu estabelecimento;
5 — Uma ferradura presa atrás da janela evita a entrada de ladrões.
6 — Se a ferradura encontrada foi de um cavalo, não apanhe, trará desgraça e infelicidade, porque derrubou Nossa Senhora e o menino Jesus.

SARAVA UMBANDA
DULCE