segunda-feira, 23 de setembro de 2013

ORIXÁ OSSÃE SER MÁGICO



É bastante cultuado no Brasil, recebendo diversos nomes: 


- OssâninOssonheOssãe e Ossanha, uma das formas mais populares, orixá de origem nagô. 
SAMAMBAIA SELVAGEM SÍMBOLO DE OSSÃE

Por causa do som feminino é frequentemente confundido como figura feminina, mas Ossãe é um Orixá masculino.  


As áreas consagradas a Ossãe  não são os jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os sacerdotes podem entrar, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem, quase sem controle.

É comum   existir um certo preconceito com dois Orixás que muitas vezes são esquecidos, mais existem em   e se faz necessário o culto: Ossãe e Oxumarê.








- Ossãe está presente em todos os rituais através das folhas.








 - Oxumarê esta presente em quase todos os rituais por ser o Orixá das mudanças. 



No interior da mata virgem extrai seu axé, e os usa de acordo com seus objetivos.

A sua importância é fundamental pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença.


O símbolo de Ossãe é uma haste de ferro tendo ao alto um pássaro de ferro forjado, esta mesma haste é cercada por seis varetas pontuadas dirigidas em leque para o alto. 

Seu culto é mais ou menos secreto e, mesmo que não constitua uma sociedade secreta, seus ritos não são públicos e a maioria de seus adeptos são homens.
O pássaro é a representação do poder de Ossãe, é o mensageiro que vai à toda parte, volta e se empoleira sobre a cabeça de Ossãe  para lhe fazer o seu relato. 

Um pequeno pássaro que o representa, é o pássaro Eye.  Nos templos consagrados a Ossãe, na África, diz-se que este pássaro habita no Igba Ossãe e que ele fala quando Ossãe é consultado.

Este mesmo pássaro é o que acompanha as Yamis  Xorongá.
Este símbolo do pássaro representa o Axé, o poder bem conhecido das feiticeiras, elas mesmas frequentemente chamadas Iamis proprietárias do Pássaro-Poder.



Outro que fala e anda com Ossãe  é Aroni, pois Ossãe não fala, para não contar seus segredos a ninguém.

Aroni é um anãozinho, comparável ao Saci -pererê,figura de uma perna só, aquele que existe e ao mesmo tempo não, sem uma perna que fuma cachimbo.





Ele anda dentro de um redemoinho, seu cachimbo feito com a casca do caracol, enfiado no taryokó, uma varinha de bambu, com suas folhas prediletas. Carrega um pássaro que voa por toda parte e pousa em sua cabeça,contado-lhe tudo que viu ou se alguém se aproxima.


Ele traz consigo o simbolismo da liberdade assim como toda a flora.

Patrono da vegetação, das folhas e de seus preparados. As folhas, nascidas das árvores, e as plantas constituem uma emanação direta do poder sobrenatural da terra fertilizada pela chuva que provem, com esse poder, a ação das folhas pode ser utilizada para diversos fins no aspecto geral.

Os curandeiros, quando vão recolher plantas para seus trabalhos, devem fazê-lo em estado de pureza, abstendo-se em relações sexuais na noite precedendo e indo à floresta, durante a madrugada, sem dirigir a palavra a ninguém. Além disso, devem ter cuidado em deixar uma oferenda com dinheiro, no chão, logo que cheguem ao local da colheita.

Ossãe está estreitamente ligado a Orunmilá, o senhor das adivinhações.

Estas relações, hoje cordiais e de franca colaboração, atravessaram, no passado, períodos de rivalidade.
As lendas refletem as lutas de precedência e de prestígio entre adivinhos-babalaôs e curandeiros.

Os poderes de cada planta estão em estreita ligação com o seu nome, e as palavras de encantamento que são obrigatoriamente pronunciadas, no momento de seu uso, são indicadas pelos adivinhos aos curandeiros, fato este que dá aos primeiros uma posição  de conhecimento maior  sobre as virtudes das plantas.  
O ritmo dos cantos e das danças de Ossãe é particularmente rápido, saltitante e ofegante.

- É o senhor da magia e da medicina.                               
- É o senhor absoluto das vegetações.



Orixá das folhas e de suas aplicações litúrgicas e toda composição mágica do candomblé.



O sangue das folhas, que traz em si o poder do que nasce,  abundantemente, é um dos axés mais poderosos, pois o primeiro ato que se faz quando deita uma pessoa para o santo é a sasanha, a retirada do sangue negro das folhas. E o ultimo dia de preceito dos iniciados é o itá.

Pois sem as folhas não se faz nada...





Ossãe  possui o poder ao mesmo tempo benéfico e perigoso, a depender dos vários empregos das folhas pois existem folhas que possui veneno e folhas benéficas.
Nada se faz sem Ossãe, ele é o detentor da força do axé indispensável para as divindades.

Como necessária é Oxum com sua água.

Foi Ossãe quem ensinou a Ifá a arte de curar.

É sempre evocado quando as coisas não vão bem.



Assim como os Orixás das florestas, Ossãe é cultuado as quintas-feiras, muito embora existam qualidades que são cultuadas na segunda-feira, quarta e sexta-feira também.

Como é um orixá voltado ao culto em si e à religião como forma organizada de comunicação entre os homens e o sobrenatural, todos os seus ritos exigem muitos detalhes e inúmeros cuidados para não se quebrar as regras de como se colhe uma folha de uma árvore ou se arrumam os ingredientes para uma obrigação de Ossãe.

O deus das ervas, dono das matas, orixá da medicina, da cura, da convalescença. Mestre do poder curativo das ervas, que proporciona o Axé das plantas, ou seja, a força vital, imprescindível à realização de qualquer ritual nos cultos africanos.

Protetor dos vegetais e é a mágica das folhas, tornando mágica, também, sua convivência com os seres humanos.

Nos rituais do Candomblé o banho de ervas, Abo, é vital, imprescindível.

Tudo é passado no Abô. Desde louças, travessa de barro, moedas, pulseiras, búzios, quartinhas, facas, colheres de pau, gamelas, até o próprio homem, que vai se banhar e se purificar pelas ervas.

Abô é algo que não pode faltar nos rituais, que vai dar o encanto, vai possibilitar a presença da força cósmica do Orixá.

Mesmo nos sacrifícios animais, canta-se para Ossãe, mesmo que o sacrifício não seja para ele, pois dele dependerá o encantamento daquele ato sagrado.

É Ossãe  que trará a calma, a paz, o encanto, para que o ritual transcorra bem.

Quando se vai à mata buscar ervas leva-se fumo de rolo, mel e moedas, para dar o Senhor das matas e facilitar a busca da erva desejada, pois Ossãe   pode escondê-la de nós, criar uma ilusão de ótica e não permitir que a vejamos, mesmo que esteja à nossa frente, debaixo de nosso olhos.
Ossãe está presente nos momentos importantes da vida, é o alquimista, o químico, o farmacêutico, o Senhor das poções mágicas e curativas.




É o feiticeiro e mago e, o bruxo, o médico dos Orixás, conhecedor profundo do segredo de todas as ervas.

É o pai da homeopatia, aquele que gera a capacidade de cura, pela ingestão ou aplicação de plantas medicinais. 


É um Orixá encantado, não viveu na forma humana.

É filho direto de Olodumarê, o Deus Supremo.

Ossãe conversa com os espíritos sagrados que moram dentro das árvores, sendo eles e os animais seus companheiros na floresta.

Conhece a linguagem dos animais e dos pássaros, imitando-os com perfeição.

É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. Esse axe encontra-se em folhas e ervas específicas. O nome dessas folhas e o seu emprego é a parte mais secreta do ritual do culto dos OrixáVodun e Inkice.





Ossãe era o dono de todas as folhas e era necessário que os Orixás dependessem dele para obter certas folhas e certos sumos. Como os orixás raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião se fez e Iansã com seus ventos espalhou as folhas de Ossãe, fazendo com que cada Orixá pegasse a sua de acordo com sua esfera de atribuições.
Mas muitas ervas e plantas ainda continuam sob o domínio de Ossãe, e mesmo as que hoje estão sob domínio dos outros orixás, ainda necessitam de certas rezas e preceitos que só Ossãe conhece.


O poder de Ossãe foi dividido, mas permanece paradoxalmente com ele, realçando outra característica do Panteão Africano: a dependência dos Orixás.

Cada Orixá tem a sua folha, mas só Ossãe detém seus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ele nenhuma cerimônia é possível.


Cada Orixá  tem suas ervas e suas folhas particulares, dotadas de virtudes, de acordo com a personalidade do Orixá.   


Apesar de cada Orixá reinar sobre uma área específica do conhecimento e da atividade humana, acaba influindo genericamente sobre os domínios dos outros Orixás.

Por isso um filho de Iansã deve manter boas relações espirituais com Ossãe para poder realizar os trabalhos e obrigações devidos à própria Iansã ou a Bará.


E também deve invocar Oxum quando tiver problemas sexuais ou relativos a paternidade ou maternidade.




Se cada ser humano é individualizado pela soma das características e presenças energéticas de seus próprios Orixás, o primeiro, eledá e o segundo ajuntó  Orixá, também trocam energias com as outras fontes de Axé que regularizam e ditam as normas de seu relacionamento com outras áreas do conhecimento.

É a convivência dos diferentes, mas complementares, que viabiliza a mitologia dos orixás e a existência do ser humano em sociedade.

Não é Orixá das lutas, do fogo, dos grandes amores e das guerras incontroláveis.

É Orixá da técnica, do uso das folhas que são empregadas quando necessárias, usadas de forma condutora da busca do equilíbrio energético, do contato do homem com a sua divindade, que nada mais é do que a sua essência.

Não faz parte das lendas de Ossãe um número de relações familiares e sexuais de destaque, pois geralmente é apresentado como um ser solitário, vagando nebulosamente pela floresta e não habitando lar específico.


Patrono da vegetação rasteira, das folhas e de seus preparos, defensor da saúde, é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas. 

ENTIDADE de LIGAÇÃO

SETE CAPA PRETA: Ligado a Ossãe, atua na alta magia, no ocultismo. Protege atos obscuros principalmente que envolva dinheiro, valores, joias.

SARAVA UMBANDA
DULCE

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