sábado, 28 de dezembro de 2013

OXAGUIÃ E O MENINO JESUS DE PRAGA


MENINO JESUS DE PRAGA
Fernando II, imperador da Alemanha, para expressar sua gratidão a Nosso Senhor pela insigne vitória alcançada em uma batalha, construiu em 1620, na cidade de Praga, um convento de Padres Carmelitas. A Boêmia passava por momentos muito difíceis, assolada por guerras sangrentas. A cidade de Praga era vítima das mais indizíveis calamidades. Neste contexto, chegam estes excelentes religiosos, cujo mosteiro carecia até do indispensável para sua sobrevivência.
Nessa época, vivia em Praga a piedosa princesa Policena Lobkowitz. Sofrendo na alma as prementes necessidades dos Carmelitas, presenteou-lhes com uma pequena estátua de cera, de 48 cm., que representava um formoso Menino Deus, de pé, com a mão direita erguida em atitude de bênção. A mão esquerda segurava um globo dourado. Seu rosto era muito amável e gracioso. A túnica e o manto tinham sido confeccionados pela própria princesa. Esta, ao dar a estátua aos religiosos carmelitas, disse-lhes: “Meus padres, entrego-lhes o maior tesouro que possuo neste mundo. Prestem muitas honras a este Menino Jesus e nada lhes faltará.”
Os Carmelitas, muito agradecidos, receberam a estátua. Colocaram-na no oratório interno do convento, passando a ser venerada por aqueles bons religiosos, especialmente pelo Padre Cirilo. Sem dúvida, este homem poderia receber o título de “Apóstolo do Divino Menino Jesus de Praga”.
A profecia da piedosa princesa cumpriu-se literalmente. Não tardaram a se manifestar os efeitos maravilhosos da proteção do Divino Menino. Muito rapidamente, e em várias ocasiões, verificaram-se inúmeros prodígios e as necessidades do mosteiro foram milagrosamente socorridas.
Mais uma vez explode a guerra na Boêmia. Em 1631, o exército da Saxônia se apodera da cidade de Praga. Os Padres Carmelitas, prudentemente, acharam por bem transferir-se para Munique. Durante essa época tão desastrosa, especialmente para Praga, a devoção ao Menino Jesus caiu no esquecimento. Os hereges destruíram a Igreja, saquearam o mosteiro, entraram no oratório interno, zombaram da estátua do Menino Jesus e lhe quebraram as mãos, jogando-a com desprezo atrás do altar.
No ano seguinte, com a retirada dos inimigos de Praga, os religiosos puderam retornar ao seu convento. Mas ninguém se lembrou da preciosa estátua. Por isto, sem dúvida, o mosteiro viu-se reduzido à miséria, como o resto da população. Os religiosos careciam de alimentos e dos recursos necessários para a restauração de sua casa.
Em 1637, após sete anos de desolação, o Padre Cirilo retornou a Praga. A Boêmia, cercada de inimigos por todas os lados, corria o risco de sucumbir e, quem sabe, até de perder o dom inestimável da fé. Em meio a tais agruras, enquanto o Padre Guardião exortava aos religiosos para que insistissem junto a Deus para colocar fim a tantos males, o Padre Cirilo aproveita para falar-lhe da inesquecível imagem do Divino Menino. Obtém licença para buscá-la e a encontra, finalmente, entre os escombros detrás do altar. Limpou-a e a cobriu de beijos e lágrimas. Estando ainda intacto o rosto da imagem, ele a expôs no coro para que os religiosos a venerassem. Estes, confiantes em sua proteção, se ajoelharam diante do Divino Infante, implorando para que fosse seu refúgio, fortaleza e amparo em todos os sentidos.
A partir do momento em que a imagem foi colocada em seu lugar de honra, o inimigo bateu em retirada e o convento foi reabastecido de tudo que os religiosos necessitavam.
Certo dia, o Pe. Cirilo orava diante da imagem, quando ouviu claramente estas palavras: “Tende piedade de mim e eu terei piedade de Vós. Devolvei minhas mãos e eu vos devolverei a paz. Quanto mais me honrardes, tanto mais vos abençoarei”. Realmente a imagem estava sem as mãos, detalhe para o qual o Pe. Cirilo não atentara, de tão alegre que estava. Surpreso, o bom Padre correu imediatamente à cela do Padre Superior e lhe contou o fato, pedindo-lhe para mandar reparar a imagem. O Superior se negou a atendê-lo, alegando a extrema pobreza do convento. O humilde devoto de Jesus foi chamado a atender um moribundo, Benedito Maskoning, que lhe deu 100 florins de esmola. Pe. Cirilo levou o dinheiro ao Superior, convicto de que poderia usá-lo para consertar a imagem. Mas o Superior achou melhor comprar outra imagem, ainda mais bela. E assim foi feito. O Senhor não demorou a manifestar seu desagrado. No mesmo dia da inauguração da nova efígie, um candelabro que estava bem fixo e seguro na parede se soltou e caiu sobre a imagem, despedaçando-a . O Padre Superior adoeceu e não pôde terminar seu mandato.
Foi eleito um novo Superior. Pe. Cirilo volta a suplicar-lhe para consertar a imagem. Mais uma vez seu pedido foi rejeitado. Sem desanimar, o Pe. Cirilo recorreu a Nossa Senhora. Mal terminara sua oração, chamam-no à igreja. Aproxima-se dele uma senhora de aspecto venerável, que lhe entrega uma vultosa esmola. Esta senhora desaparece sem que ninguém a tivesse visto entrar nem sair da igreja. Cheio de alegria, o padre foi contar ao Superior o que se passara, mas este só lhe deu meio florim (25 centavos). Sendo tal soma insuficiente para restaurar a imagem, tudo voltou à estaca zero.
Novas calamidades recaíram sobre o convento. Os religiosos não podiam pagar as despesas de uma propriedade improdutiva que haviam arrendado. Os rebanhos morreram, a peste devastou a cidade. Muitos carmelitas, inclusive o Superior, foram açoitados. Todos recorreram ao Menino Jesus. O Superior se penitenciou e prometeu celebrar 10 missas diante da estátua e propagar seu culto. A situação melhorou consideravelmente, mas como a imagem continuava no mesmo estado, o Pe. Cirilo não se cansava de se lamentar diante de seu generoso protetor, quando ouviu de seus divinos lábios estas palavras: “Coloca-me na entrada da sacristia e encontrarás quem se compadeça de mim”.
Com efeito, apareceu um desconhecido que, notando o belo Menino desprovido de mãos, ofereceu-se espontaneamente para colocá-las, não demorando a ser recompensado: em poucos dias ganhou uma causa quase perdida, com a qual salvou sua honra e sua fortuna.
Os inúmeros benefícios alcançados por intermédio do milagroso Menino multiplicavam dia a dia o número de seus devotos.
OXAGUIÃ
No Candomblé, Oxaguiã faz parte dos Orixá brancos, alguns o tratam como o filho de Oxalá ou Oxalufã, outro dizem que Oxaguiã é apenas um caminho ou qualidade do Orixá Oxalá, mas o que se sabe é que Oxaguiã se veste de branco, em algumas casas usa-se o azul-claro ou prata.
É o "Moço Guerreiro" ou "Oxalá Jovem" como é conhecido, é ligado ao elemento ar, e ao fogo, suas ferramentas é a espada, o escudo e o pilão, que é o seu principal símbolo.
As lendas contam que quando Olorum criou a terra os Orixás tiveram o patronato das manifestações da natureza, enquanto Oxaguiã inventou o pilão, para pilar sua comida favorita que é o inhame, então foi dado a Oxaguiã que também é chamado Ajagunã o patronato do progresso, do aperfeiçoamento. Pois ele ajudou para a evolução da humanidade, inventando várias ferramentas
Uma das mutações de Oxalá.


Ele é o jovem regente do coração, pulmão, cérebro, membros e da circulação sanguínea.
Tendo como características fundamentais o domínio, a austeridade e o zelo.
É a mais importante conjuntura do jogo de búzios e vem associada ao número 8, chamado de Ejonilé. Isso indica caminhos sem meio-termos, na base do tudo ou nada.
Significa infinito em todos os sentidos: saúde, pobreza, sorte ou azar. Em sua origem lendária, Oxanguiã foi o Rei de Ejigbo e ganhou fama por sua valentia.
Na Umbanda poucos terreiros louvam a este Orixá, somente em terreiros de Umbanda cruzada com candomblé que é mais comum, mas nós Umbandistas respeitamos esta manifestação mas a temos como uma variante da energia de Oxalá, par nós seria o sentimento de luta que Oxalá tem, por isso o uso da espada e do escudo. Dificilmente na Umbanda pura iremos achar cultos ou literatura sobre este Orixá, pois salientamos que Oxalá abarca esses manifestações.No sincretismo da Umbanda Oxaguiã é Menino Jesus de Praga
SARAVA UMBANDA
DULCE

OXUM APARÁ


 Opará, também chamada de Apará, assim como todas as Iyagbás, também é uma divindade das águas, é confundida como uma qualidade de Oxum devido a similaridade dos cultos, mas na realidade se trata de uma divindade a parte.
Opará nasce da união de Xangô com Obá, é uma divindade muito perigosa.
 A maternidade que é umas das marcas de Oxum não existe em Opará. Era Oxum quem se encarregava de cuidar da prole do Deus das Tempestades, enquanto ele guerreava.
O caso de Opará ocorreu o mesmo, ela foi criada por Oxum, já que Obá, assim como Oyá Iansã, acompanhava Xangô em suas contendas.
Opará herda o temperamento e a agressividade natural de Obá e a malícia e a vaidade de Oxum. Tornando-se assim a mais quente e agressiva de todas as Iyagbás superando até mesmo a própria mãe.

Opará é a divindade feminina equivalente a Exú.
É uma Deusa da Guerra, indomável, uma poderosa amazona que une força e vaidade, rege os ventos da noite, a umidade do ar e as águas puras que se intercalam entre abundância e escassez absoluta, seu fundamento maior é quando o Raio(Xangô) toca as Águas(Obá).
Opará é impiedosa, arrogante e de carácter punitivo, mas apesar das desavenças entre Oxum e Obá, é muito próxima de Obá bem como de Oxum, de quem recebeu o Espelho de Ikú ( uma espécie de espelho encantado que traz a morte para que o olhar).


Assim como os pais Opará possui forte ligação com a morte e, assim como Oxum, possui ligação com as Eleyés.

A união de Xangô e Obá.

Transcorre um culto nos arredores da cidade, é eleko. Uma sociedade restrita, onde apenas mulheres realizam o culto. Que possui como matriarca a temida Obá, a fundadora desta sociedade que cultua a ancestralidade feminina individual.
Nem um homem poderia sequer assistir o ritual do segredo, sendo punido por Obá com sua própria vida.
Este é um orixá com muitas similaridades entre OXUM e OYÁ.
Podemos falar que ela  é meta-meta, em uma parte do ano ela é OXUM e na outra ela passa a ser OYÁ.
Guerreira e destemida, dona da fortuna.
Este orixá também tem seus rompantes, uma hora é doce como um rio calmo e derrepente torna-se uma tempestade.
Seus filhos normalmente tem as mesmas características, sendo pessoas de boa índole, porem não aceitam serem mandadas por ninguém, normalmente eles sempre são os donos das situações, tomando sempre a frente, para que nada dê errado.
 O mesmo que acontece com OXUM APARÁ, guerreira, dócil e sempre vencendo em suas batalhas, não se importando quem será o oponente, ela que é guerrera, parceira de lutas com OGUM, grande afinidades com EXÚ, pois dizem que ela conseguiu ludibria-lo, tomando os segredos dos BÚZIOS (ifá) para ela, sendo a única a ter os segredos.
Um orixá que tem ligações de feitiços com IYAMI OSHORONGÁ, sendo a única a saber como fazer os feitiços e desmancha-los.
SARAVA UMBANDA
DULCE






SEU CAMINHO É A UMBANDA

- Enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar.


- Enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo


- Enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios


- Enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar


- Enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar


- Enquanto  o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar


- Enquanto o gracejo dos Baianos te alegrar


- Enquanto  a sinceridade dos Exus te curvar


- Enquanto  a simpatia das Pomba Giras te atrair


- Enquanto  a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças


- Enquanto o coragem dos boiadeiros te animar


- Enquanto o perfume dos ciganos te atrair


- Enquanto a alegria dos marinheiros te contagiar


- Enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado


- Enquanto você sentir saudade ao final de cada gira


- Enquanto os objetivos espirituais e materiais também forem os seus objetivos




-Enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais


- Enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote.
SARAVA UMBANDA
DULCE


terça-feira, 22 de outubro de 2013

VERDADE, MENTIRA, FOGO E ÁGUA



domingo, 6 de outubro de 2013

ORIXÁ EWÁ E NOSSA SENHORA DAS NEVES

NOSSA SENHORA DAS NEVES

Muita gente já ouviu falar na devoção de Nossa Senhora das Neves, inclusive o dia dedicado a ELA no calendário litúrgico de nossa Igreja Católica 05 de agosto.


No ano de 363 vivia em Roma um ilustre descendente de nobre família romana, o qual, não possuindo herdeiros, resolveu, em combinação com a esposa, consagrar sua imensa fortuna à glória de DEUS e em honra a Santíssima virgem MARIA.

Na noite de 4 para 5 de agosto estava pensando seriamente no assunto, quando a Rainha do Céu apareceu-lhe em sonhos e disse-lhe:

Edificar-me-eis uma basílica na colina de Roma que amanhã aparecerá coberta de neve".

Ora, nos dias 4 e 5 de agosto, é a época de maior calor na Itália. Mas no dia seguinte, devido a um estupendo milagre, o monte Esquilino estava coberto de neve.

A população da cidade acudiu ao lugar do prodígio e até mesmo o Papa Libério que recebeu a mesma revelação também em sonho, acompanhado de todo o clero, para lá se dirigiu.

Logo depois de iniciada a construção, a basílica foi denominada de Nossa Senhora das Neves, devido ao fenômeno climático.
Esse templo é conhecido universalmente pelo nome de Santa Maria Maior, sendo a mais importante entre todas as igrejas de Roma dedicada à Virgem Maria.

É a primeira Igreja dedicada a Virgem Maria no Ocidente, e uma das mais belas e adornadas de toda a cidade.

 Abriga entre outras coisas um relicário com um pedaço da manjedoura do menino Jesus.




EWÁ

Transforma a água líquida em gasosa, gerando as nuvens e a chuva.

Divindade do canto e alegria, Senhora das transformações orgânicas e inorgânicas.

Deusa da mutação, de belas transformações, divindade de raro encanto e beleza.

Ewá é simbolizada pelos raios brancos do sol, da neve, o sumo branco das folhas, o branco do arco-íris, os espermatozoides,  a saliva e, ainda, o rio Yewa e a lagoa do mesmo nome.


Orixá dos astros, guerreira valente, é também a Orixá das florestas. É uma Santa muito difícil de aparecer no Brasil,
ela requer muita consciência. 


Ewá é uma bela virgem que entregou seu corpo jovem a Xangô, marido de Oyá, despertando a ira da rainha dos raios. Ewá refugiou-se nas matas inalcançáveis, sob a proteção de Oxossi, e tornou-se guerreira valente e caçadora habilidosa.

Conseguiu frustrar a vingança de Oyá, afastou de si a morte certa.

- As virgens contam com a proteção de Ewá 
- Tudo que é inexplorado conta com a sua proteção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde não se pode nadar ou navegar. 

Não roda na cabeça de homem, mais a própria Ewá acreditam alguns, só rodaria na cabeça de mulheres virgens (o que não se pode comprovar), pois ela mesma seria uma virgem, a virgem da mata virgem dos LÁBIOS DE MEL.

Ewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os oráculos, Orunmilá lhe concedeu.

Ewá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada embora. Acabou encontrando abrigo entre os Iorubás, que a transformaram em uma cobra boa e bela.

A metade feminina de Oxumaré. Por esse motivo, Oxumaré e Ewá, em qualquer ocasião, dançam juntos.

Oxalá  transforma Ewá nas estrelas do céu, e cede para ela a faixa branca do arco íris para sempre estar em condições de ver e e estar ao lado do seu amor Oxumaré.







Motivo pela qual o Arco Íris de Oxumaré tem oito cores.

Talvez por não se achar merecedora da felicidade, Ewá não alcança Oxumaré nunca, como retas paralelas que se encontram no infinito, está fadada a contemplá-lo de longe com seus olhos tristes.




Ela veio ao mundo para dizer que nunca deveria ter saído da companhia das estrelas, pois com a beleza de sua luz, do alto pode proteger muito mais os homens e contemplar a eterna e constante mudança do objeto do seu amor, razão pela qual a diferencia, já que ao viver sua própria vida, a confunde com a vida daquele a quem ama.  




EWÁ VIVE COM O ARCO ÍRIS COMPARTILHANDO COM ELE OS SEGREDOS DO UNIVERSO.

Dia da semana: Sábado

Cores: Vermelho Vivo, Coral e Rosa
Símbolos: Ejô (cobra) e Espada, Ofá (lança ou arpão)
Elementos: Florestas, Céu Rosado, Astros e Estrelas, Água de Rios e Lagoas
Domínios: Beleza, Vidência (sensibilidade, sexto sentido), Criatividade
Saudação: Ri Ro Ewá!


SARAVA UMBANDA
DULCE

domingo, 29 de setembro de 2013

ORIXÁ OYÁ TEMPO ou LOGUNAM E SANTA CLARA

11 de agosto: Dia de SANTA CLARA DE ASSIS
"Clara de nome, mais clara de vida e claríssima de virtudes!" Neste dia, celebramos a memória da jovem inteligente e bela que se tornou a  DAMA POBRE.


     SANTA CLARA DE ASSIS, LUZ QUE ILUMINOU O MUNDO!

Alguns traços da vida e da obra de uma Santa que, como São Francisco, marcou sua época. Os que conviveram com ela não acreditavam "que de Nossa Senhora Bem-aventurada Virgem Maria para cá tivesse havido jamais alguma mulher de maior santidade do que ela."
Num Domingo de Ramos, dia 18 de março de 1212, uma jovem, aos dezoito anos de idade, foge da casa de seus pais e se encaminha para a igrejinha da Porciúncula (na atual basílica de Santa Maria dos Anjos), onde São Francisco de Assis e seus Frades, em oração, aguardavam sua chegada.
Com círios acesos, os religiosos saem ao encontro da jovem, então luxuosamente adornada com seus trajes de fidalga, em direção à porta da igrejinha. Conduziram-na diante do altar de Nossa Senhora e a uniram para sempre ao seu Esposo Jesus Cristo. Ali mesmo, em presença de amigas e dos religiosos, São Francisco lhe corta os belos cabelos loiros. Essa tonsura é sinal de que a jovem, Clara de Assis, pertence virginalmente a Nosso Senhor.
Após esse ato, os Frades a acompanham até o mosteiro das Beneditinas de Bastia.

Milagres operados por Santa Clara em vida
Em certa ocasião, como não houvesse mais do que meio pedaço de pão para a refeição das Irmãs, Santa Clara mandou dividir essa metade em porções para dar às religiosas. Aquele pedaço multiplicou-se nas mãos da que o partia de tal forma que deu para cinqüenta porções, suficientes para as Irmãs que já estavam sentadas à mesa.
Mas a Santa, além de operar muitos milagres, exerceu também ação exorcística. Como exemplo, cabe lembrar o caso da mulher de Pisa. Dizia esta que Nosso Senhor, pelos méritos de Santa Clara a havia libertado de cinco demônios que a atormentavam, e que por isso, tinha vindo ao locutório das Irmãs para agradecer primeiro a Deus e depois à Santa. Ao serem expulsos, afirmou a mulher que os demônios bradavam: "As orações dessa santa nos queimam".

Milagres após a morte
Depois de sua morte multiplicaram-se os milagres junto a sua sepultura. Assim, curou um epiléptico que tinha uma das pernas atrofiadas. Ali receberam a cura integral pessoas cegas, corcundas, alejadas em geral, possessas e loucas.
SANTA CLARA.... virgem no corpo e puríssima no coração, jovem em idade mas amadurecida no espírito. Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus. Rica em sabedoria, sobressaiu na humildade. Foi clara de nome, mais clara por sua vida e claríssima em suas virtudes....
São Francisco Santa Clara e a Cruz

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

  Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.

Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.

Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.

E é morrendo que se vive para a vida eterna.      

SANTA CLARA E SÃO FRANCISCO DE ASSIS



           OYÁ TEMPO ou LOGUNAM

          
Oyá-Tempo é a Orixá que está assentada negativo (cósmico) do Trono da Fé.
Junto com Oxalá, dá a sustentação a todas as manifestações da Fé e  amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos que estimulam a evolução religiosa dos seres.
O campo preferencial de atuação da Mãe Oyá-Tempo é o religioso, onde Ela atua como ordenadora do caos religioso. Rege a religiosidade nos seres. Absorve a fé em desequilíbrio, para reconduzir os seres ao caminho do equilíbrio.
Ela é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta. Por isso dizemos que é uma Divindade atemporal, ou seja, é em Si o próprio Tempo, não está sujeita ao Tempo, mas rege o seu sincronismo.
Nossa relação ou noção de espaço-tempo depende da movimentação dos astros no espaço, e daí vêm os conceitos de dia e noite, bem como o nosso senso cronológico.
Simbolizada pela espiral do Tempo, manifesta-Se em todos os locais, assim como Oxalá, com o qual faz par, na Linha da Fé.
Sendo um Orixá Cósmico, Ela pune quem se aproveita com más intenções das Qualidades Divinas relacionadas com a Fé e a Religiosidade.
Tempo é ”o vazio cósmico” onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres.
A essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra, quando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oyá-Tempo.
Oxalá é o Sol da vida enquanto Oyá é o Tempo, onde tudo se realiza.
Oxalá é a Fé abrasadora enquanto Oyá é o gélido Tempo, onde são desmagnetizados os seres desequilibrados nas coisas da Fé.
Oxalá é o Pai amoroso que fortalece o íntimo dos seres e os conduz ao encontro do Divino Criador enquanto Oyá é o Tempo por onde caminham os seres que estão buscando o Criador.
Oxalá é a Fé de Deus nos Seus filhos enquanto Oyá-Tempo é o rigor divino para com os filhos que Lhe voltaram as costas.
Oxalá é o Orixá da Fé enquanto Oyá é o Orixá do Tempo, pois é o tempo que atua no ser, acelerando sua busca pela Fé ou afastando-o das coisas religiosas, direcionando sua evolução para outros sentidos da Vida.
Oxalá é passivo no seu magnetismo de corrente contínua, cuja irradiação estimuladora da Fé chega a todos o tempo todo enquanto Oyá é ativa no seu magnetismo de corrente alternada, onde uma onda espiralada estimula a religiosidade, enquanto a outra onda esgota a espiritualidade na vida dos seres emocionados, fanatizados ou desequilibrados.
Enquanto Oxalá é irradiante, Oyá é absorvente.
O Trono Feminino da Fé é encontrado em várias culturas, como uma Divindade atemporal e que se mostra como o espaço onde tudo acontece (a abóboda celeste).



BOIADEIRO
SARAVA UMBANDA 
DULCE