sexta-feira, 3 de maio de 2013

CRIANÇAS


       


          Essa é uma 

linha fechada em seus 

mistérios, regida por 

Pai Oxumarê, orixá da 

renovação da vida nas 

dimensões naturais, o 

pai das cores e do arco-Iris, amparada pela linha do amor. Nessa 

linha atuam espíritos infantis, mas que têm muito poder. São 

excelentes conselheiros, orientadores e curadores e não gostam de 

fazer desobsessão, nem de desmanchar demanda.




TRANSFORMAÇÃO


          O arquétipo para essa linha, conforme Pai Rubens Saraceni, não foi fornecido pelo lado material da vida, mas pelos seres “encantados da natureza” - crianças encantadas, portadoras naturais dos mistérios regidos pelos orixás. Esse arquétipo fundamentou-se na inocência, na franqueza, na alegria e na ingenuidade dos seres encantados infantis.

          O Orixá das “Crianças” ou “Erês” é uma Guardião de um Ponto de Força do Reino Elementar e atua sobre toda a humanidade, sem distinção de credo religioso. Pai Oxalá, Mãe Iemanjá, Mamãe Oxum e outros fornecem espíritos na forma de crianças, para atuação na linha de força dos elementos: ar, fogo, água, terra etc. Essas “crianças” têm as características do elemento em que atuam: 


- Caladas se são da terra

- Facilmente irritáveis se são do fogo

- Alegres e expansivas sob a influência do ar

- Carinhosas e melodiosas no falar, se são da linha de Oxum ou Yemanjá, e assim por diante.          Um ser elemental é puro e não tem os defeitos característicos dos humanos, mas possuem uma grande força ativa que pode ser colocada a serviço da humanidade, pois muitas dessas entidades são bastante antigas e com muito mais poder do que imaginamos. São conselheiros e curadores, daquilo que pode ser tratado com seu elemento ativo e trabalham com irradiações muito fortes e puras na sua origem. No decorrer das consultas, alertam os consulentes sobre seus erros e falhas humanas e, com seus elementos, vão trabalhando o atendido, modificando suas vibrações, equilibrando e alinhando seus chacras. Nas curas espirituais, fortalecem o emocional, limpam e descarregam, aliviam os subconscientes quanto aos problemas cotidianos dos médiuns e os descontraem, pois atuam na própria psique. Trabalham brincando e brincam trabalhando, com seus carrinhos, bonecas, apitos e outros brinquedos.

          Muitas crianças (ibejis, beijada, erês ou cósminhos) ainda estão mais ligadas ao plano dos encantados da natureza do que ao plano natural humano, pois muitos nunca encarnaram ou o fizeram uma única vez. Não seriam “crianças” humanas recém desencarnadas e que nada sabiam da magia que iriam realizar os prodígios que os “Erês” realizam em benefício dos frequentadores das suas sessões de trabalhos ou com as forças da natureza quando oferendados.

(Rubens Saraceni – Os Arquétipos da Umbanda – Madras Ed.)



SARAVA UMBANDA
DULCE

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