quarta-feira, 8 de maio de 2013

O FEITICEIRO, O BISPO AFRICANO E OS PRETO VELHOS


          A  lenda de São Cipriano, o Feiticeiro, confunde-se com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano.
       Apesar do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular. É comum encontrarmos fatos e características pessoais atribuídas equivocadamente. Além dos mesmos nomes, os mártires coexistiram, mas em regiões distintas.



O PRIMEIRO BISPO AFRICANO QUE OBTEVE A COROA DO MARTÍRIO

          O Papa Bento XVI falou sobre São Cipriano, diante de umas 40 mil pessoas que se reuniram na Praça São Pedro, o Papa recordou que Cipriano, nasceu em  Cartago(Cidade da Costa da África), em uma rica família pagã, se convertendo ao cristianismo aos 35 anos e sendo então ordenado sacerdote e posteriormente Bispo.

          O santo afrontou também as primeiras duas perseguições sancionadas por um edital imperial, a de Décio (250) e a de Valeriano (257-258), depois das quais muitos fiéis abnegaram.

          Cipriano foi também muito humano,  e cheio de autêntico espírito evangélico, exortando os cristãos a socorrerem os pagãos durante a peste.

          Forte combatente dos costumes corruptos e os pecados que devastam a vida moral, principalmente a avareza.

          O santo escreveu numerosos tratados e cartas, sempre ligados ao seu ministério pastoral, principalmente para edificar a comunidade e para o bom comportamento dos fiéis.


-Distingue entre Igreja visível e  hierárquica

- Igreja invisível e mística

- Afirmando que a Igreja é uma só, fundada sobre Pedro

- Defendeu que a Igreja é a unidade, simbolizada pela túnica de Cristo sem costuras: unidade que encontra seu fundamento em Pedro e sua realização perfeita na Eucaristia

- Defendeu o tratado sobre a oração, onde explica que com o Pai Nosso, o cristão recebe a forma correta de rezar,  e que deve ser conjugada no plural, para que o que reza não reze unicamente por si mesmo.

          Nossa oração é pública e comunitária e o cristão não diz Pai meu, mas sim Pai nosso, inclusive fechado em sua habitação, porque sabe que em todo lugar e circunstância é membro de um mesmo Corpo.


           Enfim Cipriano se situa, concluiu o Papa Bento XVI, na origem dessa fecunda tradição teológico–espiritual que vê no “coração” o lugar por excelência da oração pois é onde Deus fala ao ser humano, e o ser humano escuta a Deus.




SÃO CIPRIANO - O FEITICEIRO

          Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
         


        Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.
          
          A sua Conversão Cristã se deu devido a uma bela donzela chamada Justina que vivia em Antioquia. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.

         Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.

        Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.

      A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.

         As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro, mas mesmo assim não cederam.

        Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.

           Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.





LINHA DAS ALMAS OU LINHA DOS PRETO VELHOS/YORIMÁ OU LINHA DE SÃO CIPRIANO

          Dentro dessa linha de trabalho encontram-se preto-velhos com o nome simbólico de Pai Cipriano, a vibração de Yorimá é a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da Lei, Palavra Reinante da Lei. Esta Linha ou vibração é composta pelos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações, são verdadeiros magos que usam da roupagem fluídica de Pretos Velhos, ensinando as verdadeiras “mirongas” sem deturpações. São os Mestres da Magia e experientes devido às seculares encarnações.
          Esta Linha, que ora se diz como linha dos Preto-velhos, ora como dos Africanos, de São Cipriano, das Almas, tem como Chefes principais Pai Guiné, Pai Tomé,Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim. São entidades muito evoluídas que há vários milênios encarnaram e desencarnaram adquirindo, assim, muita experiência no dia a dia da humanidade.
          Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, Mestrado da Magia, em fundamentos e ensinamentos.


SARAVA UMBANDA
DULCE

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