A
lenda de São Cipriano, o Feiticeiro, confunde-se
com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano.
Apesar
do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular.
É comum encontrarmos fatos e características pessoais atribuídas
equivocadamente. Além dos mesmos nomes, os mártires coexistiram, mas em regiões
distintas.
O Papa Bento XVI falou sobre São Cipriano, diante
de umas 40 mil pessoas que se reuniram na Praça São Pedro, o Papa recordou que
Cipriano, nasceu em Cartago(Cidade da Costa da África), em uma rica
família pagã, se convertendo ao cristianismo aos 35 anos e sendo então ordenado
sacerdote e posteriormente Bispo.
O santo afrontou também as primeiras duas
perseguições sancionadas por um edital imperial, a de Décio (250) e a de
Valeriano (257-258), depois das quais muitos fiéis abnegaram.
Cipriano foi também muito humano, e cheio de autêntico espírito evangélico, exortando
os cristãos a socorrerem os pagãos durante a peste.
Forte combatente dos costumes corruptos e os
pecados que devastam a vida moral, principalmente a avareza.
O santo escreveu numerosos tratados e cartas,
sempre ligados ao seu ministério pastoral, principalmente para edificar a
comunidade e para o bom comportamento dos fiéis.
-Distingue entre Igreja visível e hierárquica
- Igreja invisível e mística
- Afirmando que a Igreja é uma só, fundada sobre
Pedro
- Defendeu que a Igreja é a unidade, simbolizada
pela túnica de Cristo sem costuras: unidade que encontra seu fundamento em
Pedro e sua realização perfeita na Eucaristia
- Defendeu o tratado sobre a oração, onde explica
que com o Pai Nosso, o cristão recebe a forma correta de rezar, e que deve ser conjugada no plural, para que o
que reza não reze unicamente por si mesmo.
Nossa oração é pública e comunitária e o cristão
não diz Pai meu, mas sim Pai nosso, inclusive fechado em sua habitação, porque
sabe que em todo lugar e circunstância é membro de um mesmo Corpo.
Enfim Cipriano se situa, concluiu o Papa Bento XVI, na origem dessa fecunda tradição teológico–espiritual que vê no “coração” o lugar por excelência da oração pois é onde Deus fala ao ser humano, e o ser humano escuta a Deus.
SÃO CIPRIANO - O FEITICEIRO
Filho de pais
pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a
Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano
foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia,
astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo
viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos,
aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura
ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a
oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição.
Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos
quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e
logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.
A sua Conversão Cristã se deu devido a uma bela donzela chamada Justina
que vivia
em Antioquia. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs.
Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao
cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua
virgindade.
Um jovem rico
chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também
convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou
casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu
poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano investiu
a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria,
ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve
resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.
A ineficácia dos
feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se
voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o
bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de
feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.
As notícias da conversão
e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano
que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e
torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina
foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro, mas mesmo assim não cederam.
Irritado com a
resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente
de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam
sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que
havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito
devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar
Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na
caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de
Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro
cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia.
Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e
os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já
no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de
São João Latrão.
LINHA DAS ALMAS OU LINHA DOS PRETO VELHOS/YORIMÁ OU LINHA DE SÃO CIPRIANO
Dentro dessa
linha de trabalho encontram-se preto-velhos com o nome simbólico de Pai
Cipriano, a vibração de Yorimá é a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da
Lei, Palavra Reinante da Lei. Esta Linha ou vibração é composta pelos primeiros
espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações,
são verdadeiros magos que usam da roupagem fluídica de Pretos Velhos, ensinando
as verdadeiras “mirongas” sem deturpações. São os Mestres da Magia e
experientes devido às seculares encarnações.
Esta
Linha, que ora se diz como linha dos Preto-velhos, ora como dos Africanos, de
São Cipriano, das Almas, tem como Chefes principais Pai Guiné, Pai Tomé,Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim. São entidades muito
evoluídas que há vários milênios encarnaram e desencarnaram adquirindo, assim,
muita experiência no dia a dia da humanidade.
Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, Mestrado da Magia, em fundamentos e
ensinamentos.
SARAVA UMBANDA
DULCE
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